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Oi gente!!! como todos estão?! Neste momento me encontro na fase final da minha gravidez, e como está tudo muito fresquinho em minha memória, usarei o blog para dividir a experiência que tive como Nutricionista, mas mãe de primeira viagem. Antes muitas grávidas recebiam de mim orientações que facilitavam no bom desenvolvimento do feto e eu sempre olhava para elas e perguntava para mim mesma qual era tamanha dificuldade para execução. Parecia ser tudo tão simples!! Quando chegou a minha vez, rsrsrsr, aprendi a nunca mais duvidar do que as mãezinhas comentavam para mim em suas lutas diárias.
A gestação de fato é uma fase muito diferente de qualquer estado na vida de uma mulher. Tudo é novo, ainda mais se estivermos falando de uma grávida que nunca teve alguns sintomas tão específicos desse período. Eu pude experimentar pela primeira vez o que é fome incontrolável, vômitos sem cessar, enjoo por cheiros ou por comida que antes amava, e muitas outras coisas. No primeiro trimestre o corpo por fora não muda quase nada, mas por dentro já é outra história...
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No geral, nos primeiros três meses precisaremos de 2.000 kcal/dia mais 200 calorias extras para o desenvolvimento fetal, que é o equivalente a um copo de leite de 300 ml. Tanto que recomendo às gestantes até hoje exatamente esse copinho de leite que já garantirá esse suprimento em calorias, além do cálcio que é muito importante na gravidez.
Dependendo do seu IMC (índice de massa corporal) pré gravídico é calculado o ganho em Kg por semana, mês, trimestre e total (até o fim da gestação). A média de ganho de peso total às mães que iniciaram com baixo peso é de 12,5 kg - 18 kg. quando iniciado com peso adequado gira em torno de 12-14 kg (o meu caso); já quem inicia com Sobre Peso o ganho deve ser de mais ou menos de 7 - 11 kg e para quem inicia com obesidade deve-se ter o cuidado de ganhar até 9 kg. Esse cuidado todo no peso tem a ver com a distribuição que o nosso organismo fará na gestação: O próprio ganho de kg para o bebê; músculo placentário que cresce muito (chega a pesar até 900 g a mais); a placenta ganha também peso (em torno de 700 g a mais); seios, volume de sangue, líquido no organismo e ao redor do bebê e a reserva de gordura que garante uma energia extra durante a gestação e após o parto ( no caso para amamentação).
No primeiro trimestre o cuidado no ganho de peso não precisa ser tão estressante. Caso você acabe perdendo kg, não se desespere... o enjoo e vômito fazem parte na maioria das grávidas, e sabendo disso, o próprio organismo não dependerá tanto do que você se alimenta para desenvolver bem o bebê, mas buscará de seus estoques de energia caso sua alimentação esteja prejudicada. No entanto também não se apoie nisso para não se esforçar em comer. Mesmo enjoada e depois dos episódios de vômito eu voltava a me alimentar. Nos próximos posts irei dedicar mais tempo em explicar algumas orientações que facilitarão na aceitação e tolerância alimentar.
Bom, nos primeiros três meses relativamente precisaremos de uma alimentação que incorpore: Cinco porções de frutas, de preferência de cores diferentes (p. ex: maçã, manga, abacate, uva e morango); verduras e legumes, com prioridade nas cores verde escuro, pois são ricos em ácido fólico, que é de EXTREMA IMPORTÂNCIA para o desenvolvimento cerebral do bebê (exemplos de alimentos ricos em ácido fólico: brócolis, rúcula, espinafre, couve, escarola, etc); alimentos ricos em cálcio (leite, queijos, iogurtes), e ricos em proteína de alto valor biológico (carne, fígado, peixes, ovos e grãos); gorduras saudáveis(amêndoas, castanha de caju, castanha do PA, etc) e carboidratos (pão, macarrão, arroz, feijão, cereais em geral).
obs.: Vale ressaltar que só através da alimentação você não conseguirá a quantidade necessária de ácido fólico, por isso é importantíssimo tomar a sua suplementação, e sendo pelo menos três meses antes da pretensão em engravidar ou imediatamente ao saber que está grávida.
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Quando a mãezinha inicia a gravidez com o peso muito elevado deve tomar o cuidado de não querer iniciar uma dieta restritiva, porque não é o momento e o bebê pode ficar com a saúde e desenvolvimento bem afetado, mas tomar o cuidado de engordar o mínimo possível, se alimentando com alimentos bem funcionais e saudáveis, sem excesso de sódio e produtos industrializados, praticar uma atividade física, como caminhada, ioga, pilates e hidroginástica (claro se o médico liberar e se tudo estiver bem com a gestação). Pois o ganho em excesso de peso pode provocar a Hipertensão e diabetes gestacional, risco de prematuridade, parto com complicações, bebês e mães com riscos de saúde e etc.
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E quando a grávida já possui a diabetes? É especialmente importante iniciar a gestação com o IMC saudável, tentar antes de engravidar ter uma conversa com médicos e nutricionistas para saber bem as orientações a cerca dessa gestação mais específica, mas caso engravide antes, tomar o cuidado no controle das taxas de açúcar no sangue e ser consciente que sua gestação precisará desde o início de um cuidado maior e rigoroso na dieta.
Já quando a mulher engravida muito magra, o bebê pode nascer também prematuro, ou pequeno, e quando nasce pequeno os riscos são maiores em ter problemas no pós- parto... Logo é essencial a busca de um Nutricionista para acompanhar o ganho do peso ideal, a trabalhar em uma alimentação saudável e com prioridades nutricionais para o bom desenvolvimento do bebê.
No quinto mês o que aconteceu comigo: Ao fazer a ultrassom soube que minha bebê estava bem abaixo do desenvolvimento ideal, para mim foi bem triste e desafiador...Não conseguia ganhar nem um grama se quer de peso, e na verdade estava 3 kg a menos do normal por conta dos vômitos e enjoos. Logo passei a me suplementar com carboidrato dextrinizado e proteína, o que melhorou muito o peso e o apetite. Hoje chego ao final da gestação com 13 kg a mais e muito feliz, pois a minha filhota recuperou o tempo perdido e está com o desenvolvimento ideal para sua semana de vida.
Para resumir:
-Coma bem, sem aquela ideia de comer por dois, principalmente no início da gestação, tome o cuidado de ganhar peso de forma distribuída;
- Não passe mais de três horas em jejum, o jejum faz piorar o quadro de enjoo e ânsia de vômito. Sempre tenha perto de você um lanchinho (no criado mudo, na bolsa, no porta luva, etc);
- Evite frituras, comidas gordurosas, ou com excesso de molhos pesados; pelo menos para mim naturalmente meu organismo rejeitou tais alimentos, e consumí-los não fornecerá calorias saudáveis ao bebê, ao contrário, trará riscos à saúde tanto a ele como a você (colesterol alterado, refluxo, azia, queimação, má digestão, etc).
Para o próximo post trarei a vocês os alimentos que precisam ser evitados e excluídos na alimentação de uma gestante para evitar contrações uterinas e até mesmo aborto. Um grande abraço e até a próxima!
